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Mulher Moderna: acúmulo de papéis e a saúde mental feminina

O desempenho concomitante de diferentes funções é uma das características marcantes da mulher contemporânea. Mulher, cidadã, profissional e muitas vezes, esposa e mãe; inúmeros são os papéis assumidos pelo público feminino desde a sua emancipação.

Não obstante, a pressão imprimida pela indústria da “beleza”, para o alcance de padrões estéticos cada vez mais distantes da realidade, atua como fator adjunto à sobrecarga emocional.

Diante disso, o grande desafio é aprender como manter a saúde mental e, principalmente, a qualidade de vida apesar dos diversos agentes internos e externos que contribuem para o surgimento de transtornos emocionais e mentais femininos.

No entanto, por mais que a sociedade imponha uma construção de modelo ideal feminino, não existe uma atitude ou uma receita que possa garantir que a mulher consiga a satisfação plena. Uma vez que consideramos o sujeito como um ser faltante, o caminho seria uma melhor convivência com essa falta.

Muito mais que cansaço e estresse, a múltipla jornada pode desencadear sérios problemas à saúde mental feminina, entre os mais comuns temos os transtornos ansiosos e depressivos. O estresse é uma palavra vaga, é importante buscar suas motivações. Já a ansiedade é uma resposta natural do ser humano ante as vivências. A emancipação feminina de fato mudou a forma de atuação da mulher na sociedade. Desempenhar muitas atividades ao mesmo tempo pode gerar ansiedade e até angústia, que provoca sensações como palpitação e aperto no peito. Há momentos em que a ansiedade se torna grave. Então, quando ela se torna um fator que altera a qualidade de vida e interfere na rotina de forma intensa, é preciso buscar a ajuda de um especialista que vai avaliar a forma mais adequada de terapia para aliviar essa sobrecarga. O mesmo vale para a depressão, pois a vida deixa de seguir o seu curso normal.


As mulheres se mostram mais propensas a desenvolverem transtornos de ansiedade, como síndrome do pânico e fobias simples, porque a subjetividade se apresenta de maneira diferente entre os gêneros, tendo maior incidência entre as pessoas mais jovens. As motivações são sempre muito particulares. Qualquer pessoa está passível de sofrer um transtorno mental em alguma fase da vida, por questões internas e externas. O que ocorre é que a mulher tem mais acesso aos seus conteúdos emocionais, expressando mais livremente a sua emotividade do que o homem que, por exemplo, aprende desde cedo que ‘homem não chora’ porque é um sinal de ‘fraqueza’. A nossa cultura ainda permanece machista e isso é internalizado desde a infância.

A depressão é uma desordem psiquiátrica muito mais comum do que se imaginava E outra doença predominante entre o público feminino. Apesar disso, as pessoas ainda encontram dificuldade em diferençar o estado deprimido e a depressão. Para o diagnóstico de depressão foram criados alguns critérios no DSM IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ª edição) baseados numa lista de sintomas – além do estado deprimido – que devem ter uma intensidade e duração. A depressão é diferente do estado deprimido. Estar somente triste não significa que se tem depressão. Até porque os sintomas da depressão interferem significativamente na qualidade de vida. Somente um especialista pode fornecer um diagnóstico preciso. Além disso, os transtornos mentais trazem um sofrimento psíquico não só para quem sente e vive a doença, mas se estende para toda família, o que pode gerar conflitos e até encobrir os sintomas. Sendo assim, o contexto familiar em que a mulher se encontra, a maneira como ela se relaciona com essas pessoas e se ela própria deseja ajuda são pontos importantes a serem refletidos.

Embora não seja um fator determinante, o histórico familiar deve ser um sinal de alerta para mulheres com casos de doenças psiquiátricas na família. A hereditariedade não significa uma certeza de torná-las mais propensas a desenvolverem esses problemas, pois fatores culturais, econômicos, familiares, comportamentais e psicológicos também estão envolvidos no processo de estabelecimento dessas doenças.

Entre as formas de terapia disponíveis para os problemas mentais estão a psicoterapia e, a depender do caso, o acompanhamento psiquiátrico, quando for necessário o uso de medicações regulares.

De modo geral, a recomendação é de que os acompanhamentos psiquiátrico e psicológico sejam de longo prazo, com duração mínima de um ano. Nas situações em que é recomendado o acompanhamento psiquiátrico a prescrição do uso de medicamentos deve ser avaliada caso a caso quando juntas, paciente e médica devem perceber a terapia mais adequada.

Os cuidados com a sua saúde começam por aqui e será um prazer te acompanhar nessa trajetória, marque sua consulta!

Dra. Grazielle Bazoli
CRM-SP: 165502

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