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O peso da pandemia na produtividade feminina

A desigualdade de gênero atravessa diversos contextos profissionais das mulheres e o Home Office, requisitado pela pandemia, não seria diferente.

Uma pesquisa realizada pela empresa Workana com 2810 profissionais ao redor do mundo em 2020, mostra que 31,3% das mulheres latino-americanas cuidam dos filhos enquanto trabalham. Entre as brasileiras, esse percentual sobe para quase 50%. Entre os homens brasileiros, apenas 11,1% disseram acumular as duas tarefas, ou seja, apoiar o cuidado com os filhos. Com tantas responsabilidades e dupla jornada, a pesquisa aponta que mulheres acabaram tendo mais dificuldades de concentração no trabalho que seus pares masculinos.

A saúde mental das mulheres acabou sendo impactada por fatores relacionados à divisão de trabalho entre os gêneros e fez elevar muito os níveis de estresse em muitos lares. Culturalmente no Brasil, as mulheres acabam por assumir cuidados com a casa, com os pais, com os filhos e, muitas vezes, com o companheiro. Além de administrar o próprio trabalho, ela tem que administrar a casa e tudo que a cerca, e isso é muito estressante.

Outro fator de alerta apontado pela consultoria McKinsey é quanto à desigualdade de gênero nos cargos de lideranças. No seu relatório Woman in the Worktplace 2020 (Mulheres no trabalho em 2020) mostra que a pandemia afetou tão negativamente as mulheres que a probabilidade de mulheres em posições estratégicas deixarem seus cargos é 1,5 vez maior comparada aos homens. Um ponto de atenção entre as que pensam em solicitar seus desligamentos é que três a cada quatro apontam o esgotamento emocional como o principal motivo. Sem contar que ainda não há equidade de gênero no mercado de trabalho e a inquietude pela distinção salarial entre homens e mulheres ainda se faz presente.

É urgente o olhar atento e compreensivo para a sobrecarga feminina no ambiente de trabalho. A sociedade atribui à mulher, histórico e culturalmente, o papel de cuidadora e a responsabilidade não solicitada pelo sucesso a todo custo.

A saúde mental feminina é o que sustenta toda a nossa sociedade, mulheres produzindo dentro e fora de casa, gerando e criando a nova força de trabalho, agregando valor técnico e humano nas empresas, responsável por manter coeso e funcionante tudo a sua volta.

Porém, o preço é alto e a conta tem chegado cada vez mais rápido.

É tempo de repensarmos esses muitos papeis que nos foram atribuídos antes mesmo de sermos capazes de compreende-los.
Os cuidados com a sua saúde começam por aqui e será um prazer te acompanhar nessa trajetória, marque sua consulta!

Dra. Grazielle Bazoli
CRM-SP: 165502

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